Sora wa aki kawa no hotori / Anatolia Story [Review]

Olá,

Eu acho que já deu para perceber pelos posts que eu gosto bastante de mangás históricos. Mas, as temáticas desse tipo de mangá acabam sendo sempre quase sobre os mesmoS períodos históricos. Graças a indicação do grupo de scans Toshi wa Yume, responsável pela tradução desse mangá para o português [mangá completíssimo! Obrigada equipe da Toyume!] eu cruzei com Sora wa aki kawa no hotori ou Anatolia Story. Esse mangá tem como grande diferencial a ambientação no Império Hitita no século V antes de Cristo (Era do Bronze). Isso mesmo, você não leu errado é antes de Cristo mesmo. Essa foi a primeira vez que vi uma história ambientada nesse período. Eu não conhecia nada sobre o império Hitita. Eu não me lembro de ter dado essa na matéria na escola. Então lendo esse mangá eu aprendi muitas coisas interessantes. Por exemplo, no império Hitita o poder político de decisão era tripartite. Ele era dividido entre o imperador, a Tavanna (imperatriz) e um conselho de nobres. Eu achei isso super interessante. Outros povos e personagens históricos também aparecem como por exemplo o Império Mitani (outro povo eu nunca tinha estudado) e personagens egípcios como Nefertiti e Ramsés I.

Os Hitita eram um povo indo-europeu que, no II milênio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central, atualmente Turquia, cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C.



Informação da obra
Título: Sora wa aki kawa no hotori; "Anatolia Story" |  28 volumes (completo) 
Público-alvo: Shoujo  Gênero: Drama, Romance, Histórico, Ação, Aventura, Supernatural, Fantasia| Revista: Sho-Comi (1995-2002)| Mangaká: Shinohara, Chie| Outras Obras: aqui
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>>>Esse post contém spoilers, prossiga com cuidado<<<
Sora wa aki kawa no hotori é um mangá que mistura história, romance e drama coma pitada de supernatural. Ele narra a história de Yuuri uma colegial japonesa do século XX que acaba sendo transportada para a capital império Hitita, Hattusa em pleno século V antes de Cristo. Ela foi chamada a esse período pela Tavanna Nakia, para ser o sacrifício para que o filho da imperatriz (o mais novo filho do imperador) fosse estabelecido como sucessor do trono. Nakia iria usar o sangue da Yuuri para fazer magias para concretizar esse desejo. A Yuuri acaba sendo salva pelo príncipe Kail Mursulin. A partir de momento, a história de ambos irá mudar para sempre. A história é narrada através dos olhos de Yuuri e presenciamos as guerras e intrigas do antigo Oriente Médio, enquanto a ela luta pela  sua sobrevivência e pelo seu crescente amor por Kail.
A narrativa dessa história é ligada no 220. A autora não dá descanso entre os arcos, ela emenda um arco no outro e não deixa o leitor respirar. Quando você acha que as coisas irão se acalmar, as coisas pegam fogo de novo. Alguns clichês me incomodavam, como a Yuuri ser constantemente sequestrada por algum personagem masculino. Isso acaba ficando repetitivo, aconteceu se eu não me engano 3 vezes.
Primeiro encontro entre a Yuuri e Kail, já com direito a beijão- Capítulo 2
Eu não achei os personagens super interessantes. A heroína, Yuuri, não me pareceu ter uma trajetória definida. Desde do início ela  tenta resolver os seus problemas sozinha, não dependendo do Kail. Por exemplo, ela vai em busca das suas roupas para poder voltar para o presente sem ele saber, contrariando a sugestão dele. Ela vai crescendo na história e mostrando mais personalidade e força. Mas, ocorria algum fato, como por exemplo quando ela era sequestrada por alguém, e nos pensamentos dela, ela queria que o Kail aparece para salvá-la, ela não tentava sair daquela situação sozinha. Parecia que todo o crescimento da personagem em busca de independência e força eram anulados. Outra coisa que caiu do céu era o conhecimento de estratégia militar por parte da Yuuri. Ela comanda um exercício como se fosse algo que ela aprendeu na escola no Japão. Ela
Yuuri e Kail
nunca tinha tido contato com estratégia militar e nem com guerras, a pessoa não aprender a comandar um exército, com divisas de bigas, só olhando. Mesmo assim, a personagem tem qualidades , ela não é passiva, ela tenta fazer o destino dela com as próprias mãos,
além de sempre ajudar a consolidação do Kail no poder de alguma forma. A história de amor dos dois também é bem bonitinha. Ela passa a amar aquele povo e seus costumes, ela abraçou a sua nova realidade de uma maneira bem.interessante. Como ela é uma garota do século XX, ela se comporta com tal em um período que as mulheres não tinham tantas liberdades e nem voz ativa.
O Kail é um personagem histórico verídico [Mursulin II]. Ele é um protagonista clássico de um shoujo. No início ele é pintado como um homem de muitas mulheres. Ele se apaixona pela Yuuri e não quer deixar ela voltar para o presente. Ele se conforma que para a Yuuri ser feliz dela deveria voltar para o seu próprio mundo, ele está disposto a abrir mão da sua felicidade pela a dela. A sua vontade é de governar para todos e tornar o seu império ainda mais forte, próspero e sem guerras e conflitos.
Mas, o personagem soberano é a vilã, a Tavanna Nakia. Ela é constante durante toda a história, ela tem um objetivo claro e faz tudo para alcançá-lo. Ela é uma das melhor vilã de uma mangá shoujo que eu já li.
A autora não tem pena e mata os personagens na maior. Isso faz com que o leitor fique com pânico, sem saber quem pode ser a próxima vítima.
Como sempre haviam personagem baseados em personagens históricos verídicos eu gastava um tempo pesquisando sobre eles. Achei isso muito legal, pois, eu aprendia um monte coisas enquanto estava lendo.
A leitura de Anatolia Story foi boa, apesar de algumas questões na história me irritavam bastante, a ambientação diferenciada e a narrativa ligada no 220 fizeram essa experiência de leitura ser revigorante.
Resumindo, se você gosta está procurando um romance épico Anatolia Story é uma boa pedida de leitura.

Inté!


O/

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